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Novo estudo mostra que o consumo de adoçantes pode estar relacionado à demência
O que a ciência está revelando sobre adoçantes e saúde mental
Nos últimos anos, os adoçantes artificiais ganharam espaço no dia a dia de milhões de pessoas. São vendidos como alternativas mais saudáveis ao açúcar, principalmente para quem busca emagrecimento ou precisa controlar doenças como o diabetes. No entanto, um novo estudo científico levantou preocupações ao indicar uma possível relação entre o consumo frequente de adoçantes e o risco aumentado de desenvolver demência. Mas afinal, por que essa descoberta chama tanta atenção? Porque a demência é uma condição neurodegenerativa grave, que afeta memória, raciocínio, linguagem e comportamento. O impacto na qualidade de vida é profundo, tanto para o indivíduo quanto para sua família. Ao mesmo tempo, os adoçantes estão presentes em refrigerantes, sucos, iogurtes, balas e até medicamentos. Ou seja, o consumo é massivo — e isso abre uma discussão urgente sobre seus efeitos na saúde mental e neurológica. Esse tipo de estudo não significa que todos que consomem adoçantes terão problemas, mas acende um alerta: talvez o que parecia uma escolha “inofensiva” possa ter consequências de longo prazo. A questão é complexa e merece análise equilibrada, considerando tanto os riscos quanto os benefícios.
Impactos negativos: quando o doce artificial deixa um gosto amargo
Os possíveis impactos negativos do consumo frequente de adoçantes vão além da simples substituição do açúcar. Alguns trabalhos sugerem que essas substâncias podem alterar o microbioma intestinal, influenciando diretamente a comunicação entre o intestino e o cérebro — a chamada eixo intestino-cérebro. Essa alteração pode estar relacionada a inflamações crônicas e, consequentemente, a maior vulnerabilidade a doenças neurodegenerativas. Outro ponto preocupante é que os adoçantes podem modificar a percepção do paladar.
Pessoas que consomem regularmente produtos adoçados artificialmente tendem a ter maior dificuldade em sentir prazer em alimentos naturalmente doces, como frutas. Isso pode levar a uma alimentação mais pobre em nutrientes, aumentando indiretamente o risco de déficits cognitivos e ansiedade alimentar.
Além disso, estudos apontam que adoçantes como aspartame e sucralose podem estar associados a sintomas como dor de cabeça, alterações de humor, irritabilidade e dificuldade de concentração. Embora os efeitos variem de pessoa para pessoa, quando pensamos em longo prazo, o acúmulo desses pequenos impactos pode contribuir para o declínio cognitivo.
Avanços científicos e novas descobertas
O fato de estarmos discutindo a ligação entre adoçantes e demência mostra como a ciência está constantemente avançando. Há algumas décadas, pouco se falava sobre os efeitos de longo prazo dessas substâncias. Hoje, com tecnologias de imagem cerebral, análise genética e estudos longitudinais, os pesquisadores conseguem identificar correlações mais complexas. Um avanço importante é a investigação sobre o impacto metabólico dos adoçantes.
Embora não contenham calorias, eles podem interferir na resposta à insulina, contribuindo para resistência insulínica e, indiretamente, afetando a saúde do cérebro. Isso porque a insulina não regula apenas o açúcar no sangue, mas também participa de processos relacionados à memória e aprendizado.
Outro ponto é a relação com a saúde mental. Estudos recentes têm explorado como o consumo excessivo de adoçantes pode estar associado a sintomas de ansiedade e depressão, possivelmente devido a alterações na química cerebral e no equilíbrio da serotonina. Ou seja, estamos diante de uma área ainda em construção, mas com evidências suficientes para despertar atenção.
Descanso, moderação e escolhas inteligentes
É importante reforçar que não se trata de demonizar os adoçantes, mas de compreender a moderação como chave. Assim como o açúcar em excesso traz riscos, os substitutos artificiais também exigem cautela. A verdadeira saúde está no equilíbrio e na capacidade de fazer escolhas conscientes. Investir em uma dieta rica em frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras é uma forma de reduzir a dependência de sabores extremamente doces.
Outro caminho é a utilização de adoçantes naturais, como a stevia, que parecem ter menos efeitos colaterais de longo prazo. A combinação entre educação alimentar e informação de qualidade pode ajudar a população a usar os adoçantes apenas como apoio, e não como protagonistas da dieta.
Vale também lembrar que o sono adequado, a prática de atividades físicas e a saúde emocional são fatores que influenciam diretamente a proteção do cérebro contra doenças degenerativas. Ou seja, a questão não é apenas o que colocamos no prato, mas como cuidamos do corpo e da mente como um todo.
O papel do psicólogo e do psiquiatra diante do impacto dos adoçantes
Quando falamos de adoçantes e saúde mental, não podemos deixar de lado o papel dos profissionais da área. O psicólogo pode ajudar o paciente a compreender a relação emocional que mantém com o consumo de alimentos doces — sejam eles com açúcar ou adoçante. Muitas vezes, o apego ao sabor doce está ligado a ansiedade, estresse ou busca de conforto emocional. Já o psiquiatra tem um olhar importante para os efeitos neuroquímicos de substâncias no cérebro. Se os adoçantes realmente estiverem relacionados ao aumento do risco de demência, esse profissional terá papel fundamental no acompanhamento preventivo e no tratamento de sintomas cognitivos e emocionais associados. Em conjunto, psicólogos e psiquiatras aqui na Aster Psicologia e Psiquiatria Guarulhos serão capazes de orientar mudanças de hábitos, acompanhar possíveis impactos do consumo excessivo de adoçantes e oferecer suporte tanto na prevenção quanto no manejo de transtornos mentais. Afinal, o cuidado com a mente deve caminhar lado a lado com o cuidado com o corpo — e isso inclui estar atento até mesmo ao que parece um simples detalhe da dieta.

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